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Editor-chefe Dr. Ezzat El Jamal escreve – “Os árabes… se as mulheres governassem os países árabes, a posição teria sido mais digna”

Realizou-se a cimeira árabe no Qatar em meio a um barulho mediático e risos irónicos de Israel, para terminar sem qualquer valor digno de menção, a não ser como a “cimeira do zero”.
Não saiu dela nenhuma decisão que enobreça, nem um passo prático que devolva ao mundo árabe um pouco da sua dignidade.
Todos esperavam um momento histórico: romper relações com a entidade sionista, expulsar embaixadores, ativar o Acordo de Defesa Árabe Conjunto ou, pelo menos, anunciar uma posição unificada que respondesse às agressões repetidas.
Mas o que ocorreu foi uma fuga coletiva de responsabilidade, confirmando que a prioridade não é a nação, mas sim a preservação dos tronos.


Sem acordo árabe, sem defesa árabe

Os países do Golfo anunciaram a recusa em ativar o Acordo de Defesa Árabe Conjunto, preferindo em vez disso um pacto de defesa do Golfo limitado — uma fuga a qualquer compromisso real perante a ocupação.
Este abandono da responsabilidade é uma vergonha que a história não esquecerá.
Reunir-se apenas para dizer “condenamos” e “estamos preocupados”, sem levantar um único dossiê para punir o criminoso ou boicotar o ocupante, não é política; é traição.


Riso israelita e chantagem americana

No cenário internacional ficou claro quem realmente detém o poder:
Israel ri, e os Estados Unidos exercem a sua velha chantagem, enquanto os nossos governantes competem em declarações vazias.
Nenhuma decisão de fundo, nenhuma posição com impacto, nenhuma pressão diplomática que restabeleça o equilíbrio.
Parece que a bússola da política árabe aponta apenas para Washington e Telavive, enquanto os interesses e a dignidade dos povos ficam à margem.


Porque falhou a cimeira? As raízes da impotência

  • Dependência das grandes potências: muitos tronos estão presos a acordos de segurança e economia que limitam a independência das decisões.
  • Medo interno: os regimes foram desenhados para reprimir o próprio povo, não para enfrentar inimigos externos; a prioridade é permanecer no poder.
  • Divisão regional e corrupção: a diversidade de interesses e a ambição das elites conduzem à ausência de verdadeira unidade.
  • Fraqueza da vontade popular: a falta de instituições democráticas ampliou a capacidade dos governantes de recuar perante posições firmes.

Líderes sem valor

A cimeira provou que esses governantes não têm valor e que são meros executores do que lhes é ditado.
São prisioneiros do trono, reféns de décadas de humilhação.
Não ousaram dar um único passo para salvar a honra da nação.
A amarga verdade: se as mulheres governassem os países árabes, a atitude teria sido mais honrosa e mais forte, porque a coragem não se mede pelo género, mas pela vontade — e a vontade desses governantes está ausente.


Traição à nação e uma história de vergonha

A cimeira não passou de mais uma página de traição oficial, onde a prioridade são os palácios e os cálculos estreitos, não a causa central nem o sangue dos inocentes.
Ocupação mata e destrói, os povos árabes gritam, e as cimeiras produzem comunicados frios de condenação.
Esta cumplicidade tornou-se parte do sistema árabe oficial, até que o verdadeiro inimigo deixou de ser apenas a força da ocupação e passou a ser a covardia dos governantes.


Se as mulheres governassem…

Eis a verdade que precisa ser dita: se as mulheres governassem os países árabes, veríamos outra realidade — protegeriam as pátrias, seriam corajosas na defesa do povo em vez de proteger os tronos e reconstruiriam as sociedades em vez de as entregar.
Isto não é um insulto aos homens, mas uma revelação de que a bravura não tem género; é vontade e princípio.
E a vontade dos governantes árabes está perdida.


Mensagem aos povos: não esperem pelas cimeiras, comecem a responsabilização

Os líderes traíram a confiança; a casa árabe está em chamas.
A solução não está em palavras sem peso, mas em ação popular organizada que exija responsabilização, revele acordos de dependência e redefina os interesses nacionais.
As opções pacíficas são muitas: boicote político e económico, pressão popular organizada, denúncia da corrupção, apoio a movimentos civis que reivindiquem uma política externa digna e unificada.

A história não perdoará, e a próxima geração não esquecerá.
Não esperem cimeiras árabes ou islâmicas para alcançar a justiça.
O caminho começa na rua, na consciência popular, na recusa da mentira política.

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