Da coragem de Madrid à traição de Rabat e Riad: a exposição árabe no massacre de Gaza-Dr. Ezzat Al-Gamal

O cenário é chocante: a Europa humanitária começa a colocar a justiça e a dignidade humana acima de interesses estreitos, enquanto o mundo árabe oficial mergulha em silêncio, cumplicidade e concessões, colaborando financeiramente, militarmente e politicamente com a ocupação israelense.

Nesse contexto, a ação espanhola surge como um exemplo raro, combinando medidas práticas, pressão política e apoio humanitário ao povo palestino, merecendo a estima de dois bilhões de muçulmanos e dos povos livres, que veem nesse movimento uma prova de que a justiça e a humanidade podem às vezes encontrar apoio fora das estruturas oficiais árabes.
Desde outubro de 2023, a Espanha tomou ações concretas:
- Proibição total e imediata de armas para Israel.
- Bloqueio do uso de portos e espaço aéreo espanhol para transporte militar israelense.
- Aumento de 10 milhões de euros no apoio financeiro à Autoridade Palestina e à UNRWA.
- Proibição de produtos provenientes de assentamentos israelenses.
- Proibição de entrada em território espanhol de pessoas envolvidas em crimes contra palestinos.
Em discurso televisivo, Pedro Sánchez afirmou que o que Israel faz em Gaza “não é defesa própria, mas genocídio de um povo desarmado”.
O silêncio árabe: Rabat e Riad como exemplo
- Marrocos: cooperação militar e logística contínua com Israel.
- Arábia Saudita: apoio indireto à ocupação, permitindo expansão da influência israelense e cumplicidade política.
Enquanto Madrid age para proteger civis, algumas capitais árabes permanecem cúmplices, contrariando valores religiosos e humanos e favorecendo o inimigo às custas dos palestinos.
A experiência espanhola demonstra que a defesa de Gaza pode vir de povos livres e de ações concretas e corajosas, revelando simultaneamente a traição oficial árabe. A justiça e a humanidade podem encontrar seu caminho mesmo fora das estruturas governamentais árabes.


