O editor-chefe, Dr. Ezzat Elgammal, escreve: ‘Não há fogo sem fumaça: Jabroot De Zad abala o trono do Makhzen marroquino e expõe o palácio real

cibernético
No coração do Reino do Marrocos, acontece algo que ninguém esperava: um grupo de hackers conhecido como Jabroot De Zad invade sistemas sensíveis do Estado e expõe segredos, revelando a verdadeira extensão do poder e da corrupção financeira e administrativa dentro das instituições do Makhzen e do próprio palácio real.
Essas invasões não se limitaram a ministérios ou órgãos governamentais, mas se estenderam às áreas do palácio real, deixando uma série de questões graves: o que está acontecendo dentro dos muros do palácio? E por que agora? A resposta está na cinza que não se apaga e no fogo que não se extingue.
Jabroot De Zad: os hackers da revolução silenciosa
O grupo Jabroot De Zad não é formado por hackers comuns, mas por soldados em uma guerra cibernética oculta. Eles conseguiram acessar:
Base de dados do Ministério do Interior
Arquivos financeiros de ministros e conselheiros
Sistema bancário dos órgãos governamentais e contas reais
Seus vazamentos revelaram que o palácio não estava imune a ataques, e que alguns conselheiros reais recebem salários centenas de vezes maiores que o cidadão marroquino comum. Aqui começa a verdade: não

há fogo sem fumaça. Todo esse caos não surgiu do nada, mas é resultado de décadas de corrupção.
Vazamentos e escândalos: expondo segredos
Entre os documentos divulgados pelo Jabroot:
Salários exorbitantes de conselheiros reais
Empréstimos gigantescos, como o do Ministro da Justiça Abdelatif Ouahbi, quitado em apenas quatro anos, embora tivesse prazo de 18 anos
Transferências financeiras suspeitas do Ministro das Relações Exteriores Nasser Bourita, chegando a 1,6 milhão de euros
Manipulação de recursos governamentais e concessão de contratos e projetos sem justificativa
Indícios de conspirações internas em algumas agências de segurança e forças armadas contra o sistema real
Tudo isso faz com que a famosa expressão “não há fumaça sem fogo” se concretize literalmente: os vazamentos provam que há fogo de corrupção real, e a cinza está visível em cada documento revelado.
Le Monde: a imprensa internacional expõe o palácio
O jornal francês Le Monde não hesitou em cobrir esses escândalos, publicando recentemente um artigo sobre o desperdício financeiro e projetos sem utilidade no Marrocos, destacando a corrupção nas instituições do Estado e até no palácio real.

O projeto mais criticado foi o Grande Teatro em Rabat, que custou centenas de milhões de euros e permaneceu fechado mesmo após a conclusão.
O Le Monde destacou que esses gastos extravagantes afetam diretamente a vida dos cidadãos, que sofrem com desemprego, pobreza e fome, enquanto o dinheiro é desperdiçado em projetos superficiais.
Esses relatórios colocam a verdade diante de todos: a corrupção não é apenas boato, mas uma realidade concreta, e o Jabroot foi o olho que revelou a cinza deste sistema em chamas.
General Abdellah Boutrig: um novo olho no coração do terremoto
Em um movimento inesperado, o rei Mohammed VI nomeou o General Abdellah Boutrig como Diretor-Geral da Direção Geral de Segurança dos Sistemas de Informação (DGSSI).
Essa nomeação ocorreu em um momento muito sensível, após o Jabroot revelar a fragilidade do sistema cibernético marroquino. Boutrig tornou-se o novo olho que protege o espaço digital, tentando apagar o fogo dos vazamentos antes que se alastre mais.
Mas a realidade indica que o novo general enfrenta um desafio maior do que apenas proteger sistemas de computador: ele precisa restaurar a confiança em instituições cuja imagem desmoronou diante do povo e da comunidade internacional.

O conflito dentro do palácio
Os vazamentos não se limitaram a falar de dinheiro, mas também mostraram a luta entre facções dentro do palácio real:
Abdelatif Hammouchi (Segurança Nacional)
Yassine Mansouri (Inteligência Externa)
Moulay Rachid, irmão do rei, que pode se tornar um jogador-chave na fase pós-Mohammed VI
O príncipe herdeiro Moulay Hassan não está distante desse conflito, cercado de rumores sobre viagens hormonais de tratamento na França, usadas no contexto da guerra midiática contra o palácio
O povo entre a realidade e o símbolo
Enquanto o palácio enfrenta o terremoto do Jabroot e a corrupção exposta, o povo marroquino vive seus dias mais difíceis:
Altas taxas de desemprego
Pobreza extrema
Colapso nos setores de educação e saúde
Tudo isso torna a expressão “não há fogo sem fumaça” ainda mais clara: a cinza é o povo, e o fogo é a corrupção que reina no topo do poder.

próximo
Os vazamentos do Jabroot, a exposição do Le Monde e as ações do regime oficial apontam para uma única verdade: o tempo não poupa mais o Makhzen e a corrupção nele.
O que vem será ainda mais difícil, mais revelador das verdades, e talvez represente um ponto de virada histórica no Marrocos, onde o povo descobrirá a extensão da corrupção e da ineficiência do sistema. O fogo iniciado pelos hackers argelinos será a cinza que movimentará os ventos, revelando toda a verdade.
A mensagem é clara: não há fumaça sem fogo, e nenhuma realidade pode ser ocultada para sempre. A verdade começou a emergir, e o terremoto continua
