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Editor-chefe, Dr. Ezzat Al Jamal – Especialista em assuntos estratégicos e relações internacionais: A segunda primavera árabe… a raiva contida retorna para mudar a equação

A raiva árabe contida move-se sob a superfície
A primeira primavera árabe deixou um legado de crises e frustrações, deixando os povos árabes ávidos por liberdade e dignidade.
Hoje, após uma década de experiências, as nações árabes estão mais próximas do que nunca de um novo levante popular.

Pobreza crescente e alto desemprego
Do Atlântico ao Golfo, o cidadão árabe enfrenta uma vida insuportável.
O custo de vida é extremo, o apoio quase inexistente e os bens essenciais são raros e caros.

Os jovens árabes desmoronam sob o peso do desemprego, e os graduados descobrem que seus diplomas são apenas papéis sem futuro.
As posições vão para familiares e fiéis, e o nepotismo tornou-se a linguagem da administração diária.
Esta raiva acumulada nas ruas, vilarejos e grandes cidades é o verdadeiro combustível que acenderá a próxima primavera árabe.

Saúde e educação: o colapso dos serviços essenciais
Hospitais sem médicos ou equipamentos, escolas sem professores, universidades formando desempregados em vez de competências.
A vida do cidadão árabe está em perigo constante.
Países que negligenciam o investimento humano destroem seu futuro antes mesmo de reerguer a nação.
Cada dia em que um cidadão morre por falta de cuidados e cada criança deixada sem educação aumenta as chances de uma revolta popular, pois a dignidade não é negociável.

Corrupção governamental: do topo à base
Subornos, corrupção financeira e nepotismo na distribuição de cargos tornaram-se rotina em cada Estado árabe.
O Estado não protege mais o povo, mas serve a uma minoria influente que controla o dinheiro e as decisões.
As autoridades exibem estabilidade ilusória enquanto o cidadão morre por dentro.
O medo pelos tronos e cadeiras guia a política mais do que o interesse dos povos, e esse fracasso sistêmico faz a raiva emergir à superfície à menor faísca.

Israel e EUA: agentes dos árabes e isolamento político
A normalização tornou-se política oficial de alguns regimes árabes, que se tornaram agentes de Israel e EUA.
A entidade sionista é recebida de braços abertos, enquanto os povos são presos por tentar defender a Palestina.
Os recursos são usados para consolidar os regimes, enquanto as liberdades são reprimidas, e jornalistas e opositores são presos.
A raiva popular contra a normalização aumenta, sendo o combustível principal da próxima primavera.

Estudos de caso:

  • Egito: A libra egípcia desmorona, o custo de vida supera a capacidade do cidadão médio. As políticas atuais causaram colapso econômico, dívida externa superior a 160 bilhões de dólares e deterioração dos serviços essenciais. A rua egípcia está pronta para se mover à menor faísca.
  • Arábia Saudita: Riqueza petrolífera, mas pobreza e desemprego crescentes entre jovens e mulheres, ausência de justiça social e políticas educacionais inadequadas.
  • Emirados Árabes Unidos: Governo atuando como agente de Israel e EUA, reprimindo intelectuais, normalização oficial afetando o nacionalismo.
  • Bahrein: Repressão contínua, prisões cheias, falta de resposta às reformas, aumento das desigualdades.
  • Marrocos: Pobreza, desemprego, corrupção e marginalização social e política, frustração crescente.
  • Argélia: Desemprego, pobreza e corrupção, pressão popular crescente, maior consciência cidadã.
  • Tunísia: Legado da primeira revolução, desemprego e corrupção persistentes, juventude politicamente marginalizada e preparada para a revolta.

Repressão árabe: a faísca da raiva
Centenas de milhares de prisioneiros: jornalistas, opositores, estudantes e cidadãos comuns. O medo é política, a detenção é ferramenta, a tortura é linguagem do poder. A história mostra que a repressão gera explosão.

Nova consciência dos povos árabes
Apesar de anos de repressão e fracasso, os povos sobreviveram, aprenderam e conscientizaram-se. Uma nova geração, destemida, busca um projeto comum e acredita que liberdade e dignidade só se conquistam com uma voz unificada e determinação sólida.
De Tunes ao Cairo, de Marrocos a Sana’a, novos movimentos emergem, jovens e digitais, aprendendo com o passado e planejando um futuro melhor.

Mídia resistente: a palavra que desafia o poder
A mídia oficial tornou-se instrumento de desinformação, enquanto a mídia livre, redes sociais e blogueiros independentes restauram a consciência popular e revelam a verdade. Na próxima primavera, a palavra e a imagem serão mais poderosas que qualquer arma.

A próxima primavera árabe é inevitável
Todas as condições estão presentes: pobreza, desemprego, corrupção, normalização, prisões superlotadas, repressão contínua e medo dos líderes por seus tronos.
Esta primavera não é uma probabilidade, mas uma realidade em formação. Os povos agirão, pois não podem mais permanecer em silêncio. Será diferente: mais consciente, menos temeroso e mais determinado a derrubar regimes ilegítimos.

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