Editor-chefe Dr. Ezzat Al-Jamal – Especialista em assuntos estratégicos e relações internacionais escreve: Egito, obra-prima vibrante… O Grande Museu Egípcio representa o espírito da civilização egípcia

Início do projeto e visão histórica
O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak lançou a pedra fundamental do Grande Museu Egípcio em fevereiro de 2002, próximo às pirâmides de Gizé, após estudos preliminares. No mesmo ano, o Egito promoveu um concurso arquitetônico internacional para o melhor design, sob a égide da UNESCO e da União Internacional de Arquitetos, com financiamento inicial de cerca de 350 milhões de dólares, doado pela UNESCO.

Em junho de 2003, o projeto de um escritório sino-irlandês com sede em Dublin venceu o concurso, inspirando-se nos raios de sol que se estendem das três pirâmides, formando um bloco cônico representando o próprio museu, criando, visto de cima, a ilusão de uma quarta pirâmide. Os trabalhos preparatórios e de limpeza duraram cerca de três anos, antes do início da construção em maio de 2005, financiada por um empréstimo do Japão, demonstrando amplo apoio internacional.

Uma inauguração lendária à altura do Egito
Na inauguração em 1º de novembro, Cairo e a zona arqueológica de Gizé – planalto das pirâmides e campo de tiro – estavam em sua mais bela apresentação, à altura do Egito e de seu povo.
O mundo aguardava este evento há mais de 25 anos para testemunhar este monumento, agora o maior museu dedicado a uma única civilização, majestoso às margens do Nilo, de frente para as pirâmides, testemunho do gênio do antigo Egito e milagre intemporal.
Presidente Sissi: Egito escreve um novo capítulo da história
No discurso de inauguração, o presidente Abdel Fattah Al-Sissi afirmou que o Egito escreve um novo capítulo, destacando que o museu é o maior do mundo, marcando o nascimento de um monumento cultural que imortaliza a grandeza dos antigos egípcios e representa a visão do Egito moderno para preservar seu patrimônio e construir o futuro.
Um país que reescreve a história
O Grande Museu Egípcio não é apenas um local para conservar tesouros, mas um testemunho vivo do gênio do povo egípcio que construiu as pirâmides e gravou a história da imortalidade, contando às gerações a história de uma nação enraizada no tempo e que continua a influenciar o presente.

Tesouros que contam milênios
Com custo estimado em um bilhão de dólares e ocupando cerca de 500.000 m², o museu abriga mais de 100.000 artefatos, cada um contando um capítulo da civilização egípcia.
Ramsés II recebe os visitantes na porta da imortalidade, enquanto as galerias exibem os tesouros de Tutancâmon, incluindo a famosa máscara de ouro e os três caixões reais, o último em ouro maciço pesando 110 kg.
Cada peça parece ganhar vida, proclamando: “Esta é o Egito… berço da luz e fonte da civilização.”
Obra arquitetônica e tesouros da civilização
No coração de Gizé, a poucos passos das pirâmides, surge o Grande Museu Egípcio, o maior museu arqueológico do mundo, uma obra arquitetônica de mais de 500.000 m².
Ele abriga mais de 100.000 objetos antigos, com o destaque sendo Tutancâmon, cuja coleção de 5.340 peças de ouro é exibida pela primeira vez desde a descoberta da tumba em 1922.
Na entrada, Ramsés II impressiona com mais de 88 toneladas. Nos bastidores, mãos egípcias trabalham no maior centro de restauração do Oriente Médio, com mais de 20 laboratórios avançados.
51.000 artefatos foram transferidos para o museu e 50.000 restaurados, trazendo vida a antiguidades que testemunham a glória passada.
O museu possui 12 grandes salas de exposição, guiando os visitantes desde o pré-dinástico até a era greco-romana, com ângulos arquitetônicos projetados para que as pirâmides apareçam através dos vidros em uma visão deslumbrante.

O sol da civilização nunca se põe
De Amon a Akhenaton, do Nilo às pirâmides, o sol da civilização egípcia continua a brilhar.
O museu é um elo entre passado e futuro, integrando ciência, pensamento, cultura e arte em uma sinfonia de eternidade e criatividade.
Sentimento popular: Egito celebra a si mesmo
As celebrações populares refletem um sentimento coletivo mais forte que qualquer cerimônia oficial.
Os egípcios, naturalmente, se unem por um objetivo comum, aceitam o que merece aceitação e rejeitam ostentação, superando desafios com sorriso e esperança renovada.
A alegria da inauguração simboliza uma grande conquista em meio aos desafios, lembrando que o Egito é capaz de criar algo à altura de sua história e legado.
Egito 2030: A luz continua a brilhar
A abertura marca o início de uma nova era cultural e turística, posicionando o Egito como centro global de conhecimento e civilização.
Até 2030, espera-se que o museu receba mais de 30 milhões de visitantes anuais, testemunhando que a luz que iluminou o mundo por milênios ainda brilha na terra dos faraós.

Infraestrutura turística: desafios e futuro promissor
Apesar da empolgação, o país ainda precisa desenvolver infraestrutura turística para receber os visitantes esperados. O governo planeja resolver isso nos próximos anos para apoiar o ambicioso projeto.
Simbolismo do museu: nova fase do orgulho nacional
O museu deve ser visto não apenas como atração turística ou fonte de divisas, mas como símbolo de orgulho nacional e início de uma nova era da identidade egípcia.

Agradecimentos e continuidade nacional
Agradecimentos ao ex-presidente Hosni Mubarak por lançar a pedra fundamental e ao presidente Abdel Fattah Al-Sissi por concluir o projeto.
O Grande Museu Egípcio é uma conquista nacional, refletindo a grandeza da civilização egípcia, uma das maiores da história da humanidade.

Aspectos realistas: desafios persistentes
Apesar do orgulho, o Egito enfrenta desafios reais: dívidas de projetos gigantescos, pobreza, inflação e situação de direitos humanos, com cerca de 100.000 presos políticos ou jornalistas.
Portanto, o museu deve simbolizar orgulho nacional e renascimento civilizacional, não encobrindo ou ignorando crises sociais.



